“Bomba de fezes”: Suspeito de jogar artefato não é apoiador de Bolsonaro

A esposa do homem suspeito de jogar uma bomba de fezes em ato pró-Lula na Cinelândia, Rio de Janeiro, falou com o jornal Metrópoles. O caso aconteceu nesta quinta-feira (07).

De acordo com a mulher, a sua família foi pega de surpresa com a atitude de seu marido. Identificada como Lorena, ela relatou que o seu esposo, André Stefano Dimitriu Alves de Brito, com quem é casado há 12 anos, não é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas sim um eleitor de centro.

“Ele sempre foi muito tranquilo, ninguém esperava isso, pegou todo mundo de surpresa. Ele não é nem Lula e nem Bolsonaro. Ele é de centro”, disse ela em entrevista ao Metrópoles.

Na delegacia da 5ª DP (Mem de Sá), André disse aos policiais informalmente que não possui inclinação ideológica. Segundo ele, sua atitude representaria um protesto contra a polarização política que, na avaliação dele, está prejudicando o Brasil.

O homem teria se infiltrado no ato disfarçado de apoiador do ex-presidente Lula. Na ocasião, ele tinha adesivos do Partido dos Trabalhadores (PT) colados em sua camisa.

Do lado de fora dos tapumes que delimitavam a área destinada aos militantes, ele teria atirado o artefato logo após acender um pavio, segundo relataram testemunhas. De acordo com os seguranças do evento, o objeto explosivo seria composto de garrafa pet, fezes e urina.

André foi autuado por “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena, em caso de condenação, varia entre três a seis anos de prisão, além de multa.

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