Nesta segunda-feira (18), durante um encontro com cerca de 40 embaixadores, o presidente Jair Bolsonaro fez um discurso lançando dúvidas a respeito das urnas eletrônicas e do processo eleitoral.
As declarações do presidente da República provocaram a ira do ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reagiu de forma enérgica. Sem citar nomes, Fachin acusou o chefe do Executivo de querer “diluir a República”.
“É hora de dizer basta à desinformação. É hora também de dizer não ao populismo autoritário, que coloca em xeque a conquista da Constituição de 1988”, disse o ministro durante um evento da OAB Paraná.
Durante o evento, o ministro também disse que o tribunal é e sempre foi aberto ao diálogo, reforçando que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceita críticas e aprimoramentos, mas “intervenções na Justiça Eleitoral, jamais”.
“Se isso assim prosseguir [ataques], somente pode interessar a quem não interessa provas e fatos. Por isso precisamos nos unir e questionar a razão de tantos ataques a este tribunal e também ataques pessoais […] Neste tribunal sempre estivemos abertos ao diálogo. Assim já se deu e assim se de dará na gestão de ministro Alexandre de Moraes”
O ministro também defendeu a lisura do processo eleitoral, o qual é baseado nas urnas eletrônicas. Segundo ele, o voto é seguro, transparente e auditável.
“As eleições brasileiras permitem, sempre, a quem se candidata a reeleição, que assim possa fazer como é legítimo que se apresente. A quem se candidata a presidência da República, que defenda suas ideias”, afirmou o ministro