dezembro 12, 2024

Governo Bolsonaro quer a Polícia Federal e as Forças Armadas fiscalizando a apuração das urnas eletrônicas

O ministro da Justiça, Anderson Torres, enviou um documento ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, em que diz que a Polícia Federal deve participar da “fiscalização e auditoria” das urnas eletrônicas nas eleições deste ano, com o objetivo de “resguardar o Estado democrático de Direito”.

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, tomou atitude similar e também disse ao TSE que os militares são “entidades fiscalizadoras do sistema eletrônico de votação”.

No ofício do Ministério da Justiça, enviado na sexta-feira (17), Torres diz que a corporação indicará técnicos para a função e cita que os trabalhos poderão ser realizados com “desenvolvimento de programas próprios de verificação”.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por intermédio da Polícia Federal, com esteio no art. 6º, VII, da Resolução nº 23.673/2021 (TSE), participará de todas as etapas do processo de fiscalização e auditoria atinentes ao sistema eletrônico de votação coordenado pelo Tribunal Superior Eleitoral”, diz o ofício assinado pelo ministro do governo Bolsonaro.

Torres afirma ainda que a PF atuará “em todas as fases” do “processo de fiscalização e auditoria”, incluindo os “sistemas e programas computacionais eleitorais empregados no escrutínio”.

Nesta segunda-feira (20), o ministro da Defesa foi na mesma linha. O general também enviou um documento a Fachin em que diz que as Forças Armadas atuarão como “entidades fiscalizadoras do sistema eletrônico de votação”.

De acordo com Paulo Sérgio, essa ação ocorrerá “de forma conjunta, por intermédio de uma equipe de técnicos militares, cujos nomes serão encaminhados a esse tribunal oportunamente”.

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