Nesta quarta-feira (4), o ministro do TSE Alexandre de Moraes determinou que uma associação de Campinas (SP) ligada à Igreja Assembleia de Deus explique sobre os recursos arrecadados para a motociata ‘Acelera para Cristo’, realizada em 15 de abril, e que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A motociata “Acelera para Cristo” solicitava uma inscrição no valor de R$ 10. O valor arrecadado foi destinada à conta bancária da associação, localizada em Campinas (SP). Na decisão, o ministro afirma que o episódio violou o “dever de transparência” dos gastos eleitorais.
“A ‘invisibilidade’ de doações no financiamento de campanhas prejudica a transparência do sistema eleitoral, afetando a plena aplicabilidade dos princípios de sustentação do sistema democrático de representação popular. Dessa forma, a divulgação ostensiva dos nomes dos doadores de campanha e dos respectivos destinatários possui a aptidão de viabilizar uma fiscalização mais eficaz da necessária lisura dos processos de escolha dos detentores de mandato político”, afirma Moraes em sua decisão.
A decisão cata a um pedido do PDT, que afirma que a motociata foi um ato eleitoral e que, logo, os gastos deveriam ter sido contabilizados oficialmente na campanha de Bolsonaro. Como não houve a declaração dos recursos, afirma a sigla, a prática pode ser considerada caixa 2 — fato classificado pelo ministro como ‘plausível’.