Diante da heroica resistência do povo ucraniano, a Rússia do presidente Vladimir Putin resolveu “apelar” para os seus aliados do Oriente Médio. O Kremlim anunciou o envio de 16 mil combatentes islâmicos para reforçar a invasão da Ucrânia.
Segundo o jornal The Guardian, os supostos “voluntários” árabes seriam, em sua maioria, militares das forças regulares da Síria, os estariam sendo aliciados com a promessa de ganhar até US$ 3.000 por mês — uma quantia de até 50 vezes o salário mensal de um soldado sírio.
Ainda de acordo com o jornal britânico, avisos de alistamento foram publicados em sites vinculados ao regime sírio nos últimos dias, incluindo perfis vinculados à 4ª Divisão, uma das unidades centrais de Bashar al-Assad. Um desses anúncios afirma que as tropas que se inscreverem estarão lutando na Ucrânia.
O presidente russo negou que os “voluntários” árabes serão pagos para enfrentar as forças ucranianas.
“Se você vê que há essas pessoas que querem por vontade própria, não por dinheiro, vir ajudar as pessoas que vivem em Donbas, então precisamos dar a elas o que elas querem e ajudá-las a chegar às zonas de conflito” — disse Putin.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que o envio das tropas árabes será feito para a região separatista de Donbas, no leste da Ucrânia, onde grande parte dos combates recentes se concentraram.