O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, afirmou nesta quarta-feira (25) que o homem morto em uma loja da rede Carrefour, em Porto Alegre, “não representa os pretos honrados” e o chamou de marginal — mesmo que indiretamente.
A fala de Camargo foi realizada ao comentar uma notícia sobre o filme que retrata a vida do terrorista Carlos Marighella, interpretado pelo cantor e ator Seu Jorge.
“O terrorista comunista Marighella era branco! O filme não sofreu censura alguma! Marginais não representam os pretos honrados do Brasil, seja Marighella, Madame Satã ou o negro do Carrefour. Cada um gasta seu dinheiro como quiser. O meu nunca terão!” — disse o presidente da Fundação Palmares.
O homem morto por seguranças no Carrefour de Porto Alegre se chamava João Alberto Silveira Freitas. Ele tinha uma extensa ficha criminal. “Nela, constava-se acusações como porte ilegal de arma de fogo, rapto consensual, entorpecente e posse, violação de domicílio, injúria qualificada, embriaguez, descumprimento de medida protetiva, ameaça (várias vezes), desobediência, lesão corporal (várias vezes), perturbação, foragido da justiça e ameaça de morte com agressão”.