Temendo pela própria vida, jornalista da CNN abandona o Afeganistão

Nesta sexta-feira (20), a repórter da CNN Clarissa Ward deixou o Afeganistão, após realizar cobertura sobre a volta do Talibã ao comando do país. Em seu perfil pessoal no Twitter, ela publicou uma foto na qual aparece em um avião junto a diversos refugiados.

“Em nosso vôo e nos preparando para a decolagem” — escreveu a jornalista na postagem.

Em entrevista ao jornalista da CNN Brasil William Waack, Ward falou sobre o clima de tensão vivido naquela país e confessou passar por uma “sensação de estar no limite”.

“O Talibã tem sido bem receptivo e cordial com os jornalistas dizendo que podemos sair e fazer nosso trabalho com as reportagens. Mas sempre se tem uma sensação de estar no limite. Com tantos combatentes diferentes, nunca se sabe em quem você vai esbarrar e qual vai ser a reação” — disse a repórter.

Ward e suas polêmicas

Em meio à cobertura sobre os eventos que se desenrolam no Afeganistão, Ward se tornou alvo de comentários irônicos de personalidades do meio político — principalmente no Brasil. O motivo foi algumas de suas declarações polêmicas acerca da situação daquele país e até os próprios trajes que foi obrigada a usar enquanto trabalhava.

Na última segunda-feira (16), por exemplo, Ward chegou a dizer que o grupo radical islâmico parecia “amigável”, mesmo enquanto ele cantava “Morte à América” pelas ruas.

Em outro momento de sua cobertura jornalística, a repórter da CNN foi repreendida por um militante do Talibã apenas por estar com o rosto descoberto.

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